(SEU GONZAGA)
Nasceu em Flores (PE), no ano de 1909. Chegou a Araripina em 1940. Foi, por duas vezes prefeito do Município. Faleceu em Recife, em 1978.
Encerrado o período dos prefeitos nomeados, iniciado em 1932, com Francisco da Rosa Muniz iniciava-se uma nova era política no Município com a Queda em 1945 do então presidente Getúlio Vargas.
Por ironia do destino o último dos prefeitos nomeados, sendo ele representante legítimo do PSD, ou pessedista, Luiz Gonzaga Duarte, ou simplesmente "Seu Gonzaga", entra para a história de Araripina agora como o segundo prefeito eleito e pelo mesmo partido que terminara como indicado pelo Interventor Estadual.
Nas eleições para presidente da República, governador, senador e deputado federal, realizadas em 03.10.50, os candidatos do PSD tiveram maioria de votos em Araripina. Cristiano Machado, 1.627 votos; Odilon Braga (vice-presidente), 1.520 votos; Agamenon Magalhães, 1.799 votos, Apolônio Sales, 1.765 votos; e Nilo Coelho, 1.418 votos. Era o PSD novamente na dianteira, embora a diferença para os candidatos da UDN fosse pequena, em torno de uma centena de votos. Suetone Alencar candidatou-se à Assembleia Legislativa, conseguindo levar de Araripina 1.566 votos, contra 647 dados ao candidato apoiado pelo PSD local, Clélio Lemos. Suetone elegeu-se deputado estadual com 2.196 votos e adquiriu cadeira cativa na Assembleia Legislativa, dela se afastando somente em 1969, quando foi para o Tribunal de Contas do Estado.
Havia, nesse tempo, em Araripina, um Diretório do Partido de Representação Popular – PRP, mas sem nenhuma expressão política ou eleitoral. Dele faziam parte: João Marinho do Nascimento, Nicolau Alves Coelho, Carlos José dos Reis, José Ferreira da Silva e Joaquim Ferreira Lopes. O eleitorado estava concentrado no PSD e na UDN, que disputariam as eleições municipais de 1.º de julho de 1951.
Luiz Gonzaga Duarte e Nilo Arraes candidataram-se a prefeito, pelo PSD e pela UDN, respectivamente. A vice-prefeito e subprefeitos, pelo PSD, Joaquim Pereira Lima, Antônio Marcolino de Oliveira (Morais) e Manoel Gomes Ferreira (Olho D’Água), pela UDN. Foram candidatos, a vice-prefeito, José Santiago Bringel e a subprefeitos, Mariano Fernandes de Souza (Morais) e Jobelino Rodrigues Coelho (Olho D’Água). À Câmara de Vereadores concorreram pelo PSD, Antônio Braz Sobrinho, Dionísio de Deus Lima, Francisco Jeú de Andrade, Israel Batista Modesto, José Alcebíades de Souza, João Teixeira Leite, Severino Augusto Bandeira, Simão Ferreira Lopes, Manoel Ramos de Barros, Antônio Lisboa Pereira e Ancilon Mendes da Costa, pela UDN, Antônio Pereira Filho, Isaías Gomes de Sá, José Barreto Alencar (Dorico), José Arruda Alencar, José Arnaud Campos, Leão Gomes Ferreira, Raimundo Jaques Coelho, Antônio Cassimiro de Oliveira e Nelson Dias de Oliveira.
A campanha desenrolou-se com muito entusiasmo e euforia de ambos os lados. Os chefes políticos se houveram com equilíbrio e serenidade, na condução do processo sucessório. Comícios concorridos, discursos inflamados e a torcida animada. Campanha quente, mas sem qualquer incidente.
O resultado mais uma vez foi favorável ao PSD, elegendo os candidatos majoritários e dois terços da Câmara. Foram eleitos vereadores: do PSD, Antônio Braz Sobrinho, Dionísio de Deus Lima, Francisco Jeú de Andrade, Israel Batista Modesto, José Alcebíades de Souza e Manoel Ramos de Barros; da UDN, José Arruda Jacó, José Arnaud Campos e Leão Gomes Ferreira.
A apuração foi presidida pelo Dr. Geraldo Magela Dantas Campos.
Com integral apoio do governo estadual e com a maioria de 2/3 da Câmara de Vereadores, Seu Gonzaga teve condições de dirigir o Município com absoluta tranquilidade e fez uma administração que deixou resultados altamente positivos. Melhorou as estradas municipais e ampliou o sistema de ensino municipal, criando novas unidades escolares nos Distritos; as escolas estaduais foram aumentadas e mais professoras nomeadas; fundou o curso ginasial e construiu, em convênio com o governo estadual, o prédio do Ginásio são Gonçalo, considerada a maior obra de seu governo; melhorou o aspecto urbano da Cidade, com a construção da Praça Cel. Antônio Modesto e iniciou os calçamentos das ruas centrais.
Ao deixar a prefeitura, abandonou a atividade político-partidária, atuando apenas nos bastidores.
Fragmentos do Livro - Araripina - História, Fatos & Reminiscências
De: Francisco Muniz Arraes
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